A depressão é uma condição clínica comum, que tem incidência em todas as idades, mas não é um processo natural do envelhecimento como muitos acreditam. Muitas vezes ela sofre preconceito e é subdiagnosticada, podendo gerar um grande sofrimento para o paciente, e causar impacto também na saúde física e cognitiva.
É mais comum em mulheres e pode ocorrer sem outros problemas de saúde concomitantes. Mas pode ocorrer após algum evento grave de saúde (como AVC, infarto, câncer), ou após uma hospitalização ou uma perda de capacidade funcional e da independência física.
É importante ressaltar que a depressão nem sempre se minifesta com os sintomas clássicos e mais frequentemente conhecidos e reconhecidos como tristeza e choro. Ela pode se manifestar através de outros sintomas como: apatia, falta de interesse pelas atividades, irritabilidade e labilidade emocional, sensação de fadiga e falta de energia, perda de memória e insônia. Podem ocorrer também sintomas físicos (somáticos) como aumento de dor, por exemplo. Por isso muitas vezes a depressão não é corretamente diagnosticada e tratada.
O diagnóstico é feito em consulta, através de avaliação médica adequada. O tratamento quando realizado de maneira correta é capaz de reverter significativamente os sintomas, melhorando a qualidade de vida dos pacientes e consiste no uso de medicações da classe dos antidepressivos.
Além do tratamento medicamentoso, são aliados ao tratamento: algumas mudanças no estilo de vida, como a prática de atividade física; a adoção de hábitos saudáveis; psicoterapia quando indicado; práticas complementares de autocuidado (como técnicas de relaxamento, meditação, manejo de stress etc). Essas orientações são individualizadas, de acordo com cada paciente.
O geriatra avalia e cuida também dos sintomas emocionais do paciente, dentro do cuidado integral a saúde.